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sexta-feira, 17 de março de 2017

Que venham as avalanches

- Ainda bem que sou mulher !
                         

Pensar diferente do que a ordem unida dos gurus consagrados é apresentar-se para levar agressões. Se for na net, estas virão pelos teclados mambembes de quem está matando serviço.
Chega ser piada duvidar-se de alguém ser mulher se o assunto sai dos temas esmaltes e maquiagem. Haja ! Assuntos que requerem mais do que cílios postiços e produção do útero não vale para a mulher.
Então, vem um  dia consagrado para esse ser que não consegue separar o público do privado. As exigências vão para as ruas, não para exigir respeito mas valoração do seu corpo. Ficam com o dorso nu , defecam nas ruas, simulam parto sangrento em plena via pública, mostram o traseiro. Não fazem uma roda de leitura, não mostram um debate de respeito mútuo entre as pessoas, não mostram roda com participação de homens e mulheres, debatendo vias de entendimento. Não fazem pantomima ou teatralização de convivência recíproca. Nada para derrubar o muro da discórdia, do confronto, do desaguadouro que o sistema montou para alimentar  a violência, a discriminação e manter o domínio.

Nunca gostei e nem participei de conversa mulherzinha ou cri-cri. Jamais participei disso, sequer em festa de aniversário de crianças quando era obrigada a levar meus filhos. Quero mais que a avalanche de estupidez cresça para sepultar de vez esse discurso equivocado onde o corpo é a tônica e a reprodução chantagem.