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quarta-feira, 4 de setembro de 2019

La Furia

                             

Só quero mostrar, para quem gosta de animais silvestres, essa macaquinha, uma sagui, a parceira de Chefe Boran. Colocamos o nome da La Furia.

Ela chegou, formando um casal, aqui nas redondezas da minha casa. Não sei se chegaram sozinhos, se o IBAMA colocou mas chegaram com mais ou menos um ano. Como comiam do lixo da rua, resolvi colocar banana no quintal. O casal reproduz quatro filhotes por ano. Nascem em fevereiro e setembro. A qualquer dia desses vai aparecer outro par, nas costas do Chefe Boran.

Ela era muito brava e arisca. Já estão há uns quatro anos ou talvez cinco por aqui. Só no ultimo ano ficou mais mansa. Colocamos o nome dela de La Furia. Chefe Boran tem o maior respeito por ela, só aceita o pedaço de banana depois que ela pega o dela. É um casal tão bonito que os filhotes também o são.
Não sei se é o IBAMA ou a Secretaria do Meio Ambiente mas há um controle na população desses saguis pois noto que os mais velhos somem e só ficam os pequenos, não passam de doze.
É que eu pensei em mandar castrar o Chefe e procurei um veterinário. Mas ele disse que só o faria com autorização do IBAMA. Procurei o pessoal, eles vieram aqui em casa, viram o grupo dos saguis, filmaram. Mostrei que eu tinha que alimentá-los senão eles comeriam lixo e corriam o risco de ficar doentes.
Essa gente que mexe com bichos, adora leão, girafa, onça, macaco prego, passarinho chique mas torce o nariz para os saguis porque são muitos e se viram sozinhos. não levam em conta que são os menores símios do planeta.  O veterinário da Secretaria do Meio Ambiente disse que não entendia nada de saguis, eu disse a ele que precisavam começar a interessar-se porque estavam infestando a cidade e monitorar seria uma boa. Pelo jeito levou a sério o meu discurso pois noto que há remanejamento dos saguis logo que ficam maiores. Apareceram duas fêmeas de uns quatro meses, diferentes do grupo, com a carinha mais preta. Chegaram magras e apavoradas mas já se integraram no grupo, Chefe Boran  já não as espanta  e estão com aparência ótima. São umas bagunceiras, trouxeram bagunça para o grupo, correria na grama, jogam-se de um galho para o outro, pulam nas samambaias e agarram no ar, no varal do quintal e da pitangueira do lote atrás da minha casa.

Então, mostro para vocês a beleza dessa fêmea. Ela me encara sem medo. Não carrega filhote nas costas, tolera apenas enquanto está amamentando, um mês mais ou menos. E, nem dá conversa para nenhum dos componentes do grupo. Criar e educar fica por conta do Chefe Boran e como ele é muito manso o grupo todo não briga mas é manso como ele. Foi difícil conseguir uma foto dela de frente como essa que aqui ilustra, muito arisca.

Ninguém escreve sobre saguis porque não estão em extinção. Essa gente gosta é de má notícia...

                             

Sejam generosos comigo:n #compartilhem

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Aos observadores de animais

                                      

Se alguém se interessa, aqui Chefe Boran mostra  ao filhote como  descer das costas, caminhar e orientar-se.

Atenção para a patinha, mandando subir nas costas.

São muito frágeis mas muito respeitados pelas pessoas da vizinhança. A minha intenção é que eles percebam que minha casa é terreno absolutamente seguro, sem necessidade deles ficarem assustados.

Noto que Chefe Boran deixa os pequeninos sem que ele esteja junto. Para mim é sinal de confiança.

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Na ponta dos dedos

                                       
- Chefe Boran quando chegou por aqui. Hoje está bem mais exigente.
                             
O homem mais rico do mundo é Bill Gates. E, não é atoa. A internet corresponde a invenção da roda e da produção em série de Henry Ford. Alguns podem ter vindo junto na caminhada mas eles não sobreviveram tranquilos. Portanto, não basta inventar, tem que manter o foco.

Até a Segunda Grande Guerra predominava os grandes pensadores, da metafísica e  dos estudos da alma humana. Tudo introspectivo e cheio de filosofia pura e repleto de achismos. Fazer a crítica da razão pura e da razão prática valia para meia dúzia que sabia ler e distante daqueles que nunca ouviram falar na possibilidade de mergulhar nos livros.
Então, isso deixou de fazer diferença e vale o resolver com praticidade o dia a dia. Não importa a alma humana para a vida cotidiana mas pode não ser verdade para o ser humano, mergulhado no entorpecimento para suprir suas incapacidades de ser em série. Nisso, nada mudou.

Para aqueles que recusam a encarar a internet, o computador, o celular que fala e vê, resta a nostalgia. Não adianta ficar procurando o outro para ter atenção. A atenção está na ponta dos dedos e na comunicação facilitada pela modernidade.
Por isso, quem detém o saber e o invento ficou tão rico.



quinta-feira, 21 de abril de 2016

domingo, 10 de abril de 2016

Aprendendo com Chefe Boran, O Magnífico

- Chefe Boran, O Magnífico, com os filhotes nas costas
             

O sagui, chefe do bando que frequenta  o quintal da minha casa, é um grande chefe e, especialmente, um grande pai. 

Nasceram dois filhotes há vinte dias, muito grandes. Ouvi um sagui gritar muito e suponho ter sido a fêmea parindo pois logo apareceram os filhotes nas costas do Chefe Boran.

Depois de quinze dias, começou o desmame porque os filhotinhos apareceram nos galhos do limoeiro e, na evolução do pular de galho em galho, desceram para o muro onde coloco um  prato e as bananas. Chefe Boran estava na amoreira e eu fui até o muro para dar pedacinhos de banana aos pequeninos. O pai veio rapidamente, no fio do varal e me deu uns tapinhas na cabeça. Eu fiquei imóvel. Acho que ele faz isso para testar o grau de perigo porque se seu reagir não  permitirá ficar perto dos filhotes.

Uma coisa mais linda eles comendo a banana, pouca coisa. Chefe Boran ficou um pouco longe mas completamente atento. Saí de perto para ver como eles subiriam nas costas do pai. Mas são muito maiores que os anteriores que nasceram no ano passado. Não dá para ficar nas costas e ainda pular pelos galhos.

Foi então que eu vi uma cena digna de filmar e passar para o mundo ver: Chefe Boran subiu para a sibipiruna da rua, ligada ao limoeiro por ramagens e ficou observando os dois filhotes. Eles, por sua vez, começaram a tentar subir do muro ao limoeiro. Olharam um galho, fizeram impulso e  desistiram por  umas cinco vezes. O pai apenas observando. Até que eles andaram pelo muro e descobriram um galho baixo, pularam , andaram por ele até chegar na sibipiruna e se encontraram com o pai. E, foram embora. Chefe Boran não interferiu, deixou os filhotes buscarem a solução e só ficou olhando.

Lembrei-me de papai. Ele dizia que não ia interferir em nada do que fizéssemos, que sabíamos onde ele estava, que se precisássemos  estava lá mas não faria nada se não pedíssemos.

Aos super protetores fica mais essa do magnífico Chefe Boran.



sábado, 23 de janeiro de 2016

Tortinho se foi

                                                  

Para quem acompanha a saga dos saguis da minha vizinhança tenho uma notícia ruim. Um deles, adolescente, foi encontrado morto ontem ao pé de uma árvore, perto da minha casa. 
Esse sagui nasceu em 2014, portanto estaria adolescente pois ficam adultos com três a quatro anos. Apareceu com o pescoço torto mais ou menos em outubro do ano passado e perdeu o equilíbrio nos saltos. Suponho que, ao pular do muro para a árvore, bateu com a cabeça no tronco e morreu.
Maurício fez um buraco perto de onde Brisa foi enterrada e o enterramos. Chefe Boran, que é o pai, veio do lote perto, subiu em uma árvore e ficou olhando para nós com o pescocinho esticado. Quando acabamos, eu assobiei para ele. Acompanhou o meu trajeto na rua, seguindo-me pelo muro de casa. Coloquei banana, ele grunhiu fininho, a turma veio, comeram e se foram.
Tive vontade de cortar o rabinho do Tortinho para guardar  mas não tive coragem.
A vida continua...