domingo, 31 de janeiro de 2016

A vida não é fácil para ninguém

Antes
                                 
Depois

A prefeitura de Guarapari/ES, onde moro, notificou por edital os proprietários dos lotes vagos para promoverem limpeza, colocar muro, conforme determinação legal do município. Tudo pra prevenir a dengue, zika, etc.
Na minha vizinhança, muitos terrenos são de propriedade de uma mesma pessoa, Cristina.

Na frente da minha casa tem uma sibipiruna plantada em 1982, que distribui sementes à mão cheia. Portanto, os terrenos da vizinhança ficam  verdadeiras matinhas por onde pássaros, gambás, preás e saguis fazem morada ou ponto de parada.

Sabemos que no Brasil três anos bastam para uma semente virar árvore e foi esse o tempo da última limpeza radical que Cristina fez em suas propriedades.
Dessa vez fez o mesmo: Ela contratou um trator e limpou tudo. Zerado, em  terra nua.

O grupo de saguis das redondezas ( Quem me acompanha conhece a sua saga ) ficou totalmente perdido. As árvores dos lotes, por onde eles pulavam de galho em galho e servia como caminho para o outro lado da rua onde dormem, ficou zerado.

Chefe Boran ficou de barriga no muro da minha casa, observando tudo. Eu gostaria de  saber o que ele pensava, vendo o trator comer sua casa.
Depois de tudo acabado, meu  quintal virou  briga por espaço entre bem-te-vi, sabiá, sanhaço e anu. Voou pena, teve gritaria e muito nervosismo da passarada. Do telhado os saguis observavam a barulhada de olho arregalado.
Na cumeeira, um filhote de sagui, entrou em pânico, chorou alto e quando Chefe Boran chegou perto ele pulou no pescoço do pai aos gritos.

A vida não é fácil pra ninguém ...

Nota: se quiser ver s fotos maiores, clica nelas.

Outros sotaques







Portugal, português, outros sotaques.
O português derivou dos gentios espanhóis. Então, é o  espanhol mais limpo, mais prático. Quem conhece bem a língua portuguesa, entende o espanhol que é o português castiço.

sábado, 23 de janeiro de 2016

Tortinho se foi

                                                  

Para quem acompanha a saga dos saguis da minha vizinhança tenho uma notícia ruim. Um deles, adolescente, foi encontrado morto ontem ao pé de uma árvore, perto da minha casa. 
Esse sagui nasceu em 2014, portanto estaria adolescente pois ficam adultos com três a quatro anos. Apareceu com o pescoço torto mais ou menos em outubro do ano passado e perdeu o equilíbrio nos saltos. Suponho que, ao pular do muro para a árvore, bateu com a cabeça no tronco e morreu.
Maurício fez um buraco perto de onde Brisa foi enterrada e o enterramos. Chefe Boran, que é o pai, veio do lote perto, subiu em uma árvore e ficou olhando para nós com o pescocinho esticado. Quando acabamos, eu assobiei para ele. Acompanhou o meu trajeto na rua, seguindo-me pelo muro de casa. Coloquei banana, ele grunhiu fininho, a turma veio, comeram e se foram.
Tive vontade de cortar o rabinho do Tortinho para guardar  mas não tive coragem.
A vida continua...

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Raça ruim

- Chefe Boran na minha casa

                               

Por circunstâncias alheias à minha vontade, fui obrigada a alugar minha casa de Guarapari. Ou alugava ou corria o risco dela ser invadida por gente incentivada pelos, hoje, petralhas. Eu aluguei com intermediário porque não tinha forças para trabalhar, educar meus filhos e tratar desse aluguel. Não tinha forças mentais, exercendo uma profissão onde o cérebro trabalha vinte e quatro horas. Os petistas estavam em uma época onde pregavam  invadir as casas fechadas em Guarapari. 

Quando voltei a tomar posse dela quase chorei. Mais um ano e ela estaria no chão. Depredada minuciosamente pelos inquilinos. Do telhado ao piso. Como boa mineira  restaurei tudo, pouco a pouco, pinçando peças aqui e acolá, desde presilhas de rede, puxador de portas e armários, rodapé, pisos, lustres, azulejos, porta toalhas, fiação, encanamentos, descargas, pias e torneiras, corre mão de escada, portão de garagem e quintal, bomba d'água, cisterna, etc e etc. Não sou, infelizmente, capixaba que quebra tudo e manda fazer uma colcha de retalhos. Talvez porque minha casa tenha tido arquiteto, esse tenha  sido o  meu marido e construída com o seu dinheiro. Assim, uma peça casa com a outra, dentro de um estilo e de um tempo, tenho a impressão que, se eu mudar a maçaneta perde o equilíbrio e terei de mudar tudo.

Esta semana, dez anos que moro aqui, descobrimos que o tanque entupido teve o encanamento quebrado para a água escoar pela parede e sair por baixo. Em vez de informar ao proprietário para resolver o problema o camarada preferiu um caminho de destruição e vingança por pagar por morar no imóvel. Criou, no que em direito se chama, vício redibitório.
Eu sabia que essa casa não é para gentalha habitar. Levei cinco anos arrumando tudo, destruído com o rigor da maldade, para confirmar a minha convicção que,  somos chamados de subdesenvolvidos e terceiro mundistas  por causa dessa gente sem futuro e sem raça.


terça-feira, 19 de janeiro de 2016

A felicidade da gente

                                                     


O começo da vida pode ser planejado. Depois as coisas vão acontecendo sem que seja cabresto na mão. Maurício é meu filho mais velho. Amoroso, manso e querido. Muito apegado ao pai foi o que mais teve reflexo na sua perda. A morte só devia existir para as pessoas más. E, as consequências nunca podem ser auferidas. É uma pessoa feliz e amada. É o que importa.

domingo, 17 de janeiro de 2016

Só lhes resta espernear

                  

O Velhaco mais velhaco da história desse país está prestes a ser desmascarado. Depois de tantos anos de mentiras em  discurso decorado das páginas cunhadas pelos professores da USP, está prestes a cair no mármore do inferno.

Por esses dias, o Velhaco reuniu-se com os  cumpanhêro, que restaram livres. para urdir mais uma estratégia e reunir o gado disperso. Com tanto ladrão petralha na cadeia, restou desmoralizar o juiz que preside a Operação Lava Jato. Sem deixar erro processual a ponto de dar causa a alguma ordem de soltura,  o juiz atingiu um tipo que nunca se envolve fora dos processos: Os advogados das causas.Tiveram a cachimônia de fazer um manifesto contra o juiz e sua postura firme cujo resultado é ter pessoas poderosas trancafiadas no xilindró como qualquer cidadão.


Tiveram a petulância de bradar contra a publicidade dada aos processos, às  prisões de envolvidos que continuavam a cometer os mesmos atos pelos quais são processados, contra a impossibilidade de proteção a quem sempre julgou-se acima do cidadão comum.

Quando vejo datenóides dizerem que existem advogados tão bons que soltam qualquer malandro que possa pagar, fico vermelha de vergonha. Isso pressupõe tráfico de influência, jogo de poder entre as figuras que transitam nos meios forenses. Marca a justiça indelevelmente, alimenta a corrupção e mostra como é sujo esse meio. A lei é a mesma, os julgados são públicos, os livros estão à disposição de todo aquele que está inscrito na OAB. O acesso ao saber não tem segredo. A diferença está na malandragem cujo preço é o descaramento de unirem-se para bradar contra um juiz que não podem manipular. E a maior raiva é que o Juiz Sérgio Moro não transita nos corredores da justiça paulista. Não deve nada ao poder econômico que é o garrote  vil da nação brasileira.

Em assim sendo, o país é livre para manifestos. Aqui deixo  mais uma vez o apoio ao juiz Moro que não se deixa vergar aos esgares da petralhada.

Acelera  Moro, queremos a prisão do Chefe!



sábado, 9 de janeiro de 2016

Os intercâmbios e seus resultados práticos

                   
                                          
Evidente que, se puder, uma pessoa deve estudar fora. Mas para aumentar os seus conhecimentos em lugares que dominam melhor a área desejada. A história mostra que os hegemônicos do mundo fazem de estudantes estrangeiros instrumentos de disseminação de sua cultura e domínio.  Às vezes, o tiro sai pela culatra como aconteceu, por ex,  com Átila o Huno, Harminius e mais recentemente Osama Bin Laden. O cara vai estudar para ser instrumento de conquista mas volta líder de uma revolta.

O governo federal dá bolsa de estudos, ou facilita  para brasileiros escolherem estudar em qualquer lugar. Uns escolhem onde há o que aprender e outros onde tem turismo mais interessante. Por exemplo, o que alguém vai fazer na Irlanda? E Nova Zelândia? Por que estudar em estados no Usa que ninguém sabe onde fica no mapa e não em centros de desenvolvimento?

O tiro sai pela culatra com essa gente. Voltam cheios de ódio pelo Brasil, vituperam horrores da nossa cultura, não aceitam ser tratados como alguém que conheceu a, suposta, civilização real mas como um qualquer, misturado na multidão de macacos sem civilização. Tornam-se pessoas revoltadas porque aqui tem poeira, animais urbanos demais, alegria demais e continência de menos, sentem saudades das pombas.

O objetivo das bolsas pode ter sido a pessoa voltar e somar no desenvolvimento do país mas o que vemos é a volta com empáfia, olhar de desprezo, cara de nojo. Mas colocar o lixo no lugar, nem pensar.



quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Reformas do MEC

                   


A última, para protestar contra o governo federal, é falar mal de uma reforma do currículo escolar nas escolas públicas. Vão retirar matérias de história mundial para colocar a da América Latina e brasileira. Os puristas preferem ter informações do que se passou nas zoropa e no Usa mas sabem pouco, pouquíssimo  do que acontece fora do eixo Rio/São Paulo e da América Latina.

Eu sempre achei que não devíamos estudar tanta coisa de fora e esquecer as nossas. Sobre a América Latina não tem sequer Nota de Rodapé. E, como não há espaço para tanta coisa há de ser dar preferência à história do Brasil. A internacional, deve passar por cima de tantas guerras de conquistas, com seus balaios de cabeças que fazem corar até o capeta.

Eu tive sorte por  estudar em Belo Horizonte/ MG nas escolas de primeira linha, todas públicas. Estudei história sem lorotas ou erros. Hoje eu vejo gente do Rio e São Paulo, reclamando que  estudou inverdades ou estava errado. Eu tenho uma amiga que diz ficar admirada por eu ter ótima memória. Deve ser mesmo porque lembro bem das minhas aulas, das minhas leituras. Deve ser porque eu tinha tanta raiva de me obrigarem a estudar tanta coisa inútil que não as esqueci. Lembro-me que Dona Ephigeninha pediu para alguém fazer uma palestra sobre Napoleão e eu me dispus. Fui à Biblioteca Pública de Belo Horizonte, projeto do Niemayer, na Praça da Liberdade, pesquisei e fiz uma palestra detonando o cara. Ganhei dez e um aplauso da professora porque estudávamos como se ele fosse um conquistador formidável e não um  carrasco que matou milhares de jovens para alimentar o seu ego e mania de grandeza. A palavra que eu usei " bárbaro " era gíria e deu pano pra manga no debate, depois da minha exposição.

Deixo claro que sou a favor de  mudanças na grade de história. Que seja feita com preferência na  história do Brasil e da América do Sul. Se não tem espaço para estudar mais coisas de fora, saiam as da zoropa e do Usa. Basta de um grupelho paulista e carioca, quiçá de Minas Gerais, só colocarem o que eles acham importante e que, por coincidência, são do seu agrado.

Para maior informação, copiei e colo um comentário do Face:


Naira Muylaert Então, de fato o MEC está formulando a base curricular comum. Atualmente, o sistema educacional não possui um curriculo definido nacionalmente. Há apenas os PCN´s que são parâmetros e as redes federal, estaduais, municipais e particulares de ensino podem seguir esses parâmetros ou não. A base curricular comum é um documento que irá definir os conteúdos COMUNS, ou seja, que TODAS as escolas e redes de ensino (excetuando as redes privadas), devem trabalhar com os alunos. Mas de forma alguma as escolas devem ficar presas a somente esses conteúdos. A escola pode e deve extrapolar e trabalhar outros assuntos e conteúdos que julgar pertinente. Só não poderá não trabalhar esses conteúdos definidos na base curricular.
Essa política tem como objetivo combater a enorme desigualdade de conhecimento que existe entre as escolas, as redes de ensino e as regiões brasileiras. Não sei dizer quais são os conteúdos de cada disciplina. Mas sei que eles estão sendo elaborados pelos melhores especialistas da área (professores e pesquisadores), com consulta a população. O planejamento prevê que essa base curricular fiquei pronta até o meio desse ano.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

domingo, 3 de janeiro de 2016

Partido político, a burrada

                   
                                   


As  propagandas dos partidos políticos são de uma estupidez e ignorância que me dá engulhos. Aparecem bestuntas sem noção, convidando as mulheres para  ingressar nos partidos. Argumentam com o baixo índice, menor que  dez por cento, das parlamentares. Pior que nos países árabes. ( !!!??? ). Deixam subtendido que a mulher precisa participar da política como se esta não tivesse gosto por ela.  Depois, sem nenhuma percepção do que estão dizendo, convidam para fazer parte da Seção Mulher.Vale dizer, vá mas fique no seu lugar.

Ora, a mulher brasileira é altamente política.Uma gama enorme de cargos são ocupadas por mulheres. Desde síndica de condomínio, presidente de sindicato de classe, de associações, de organizações filantrópicas,  sem fim lucrativo, de conselhos, centros comunitários. Lideram movimentos sociais. Está tão ativa quanto o homem. Lidera tanto quanto o homem.

Com uma ressalva importante; a mulher não participa onde tem violência, truculência, antro de ladrões, fofocas doentias, psicopatas travestidos de políticos, busca do poder pelo poder e a qualquer custo, manutenção da  indústria da calúnia a pleno vapor. Por isso está fora da política partidária.

A mulher não tem tempo a perder, tem muita coisa para fazer além de passar horas fechada em um anfiteatro, discutindo o sexo dos anjos, fazendo conchavos imorais, como é a política nacional.

Quando eu participava da política de classe, quando o debate não se desenvolvia eu dizia para os meus pares para resolvermos as coisas logo. Eu tinha que voltar para casa para colocar meus filhos para dormir e eles , o contrário, ficavam enrolando para chegar em casa, depois que estas   já estivessem dormindo.

Assim, entrar para os partidos é para o Partido e não para ficar separado como eram os costumes, antigamente, quando a mulher não passava da porta do meio pra dentro.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Os blefes do sistema


Começa o ano e, junto, aparecem os conselhos.

Dizem que ao pensar firme em algo, vai acontecer. 

Que basta você querer que vira fato.

Os sonhos? Ah os sonhos serão realizados desde que você os deseje com fervor.

Tudo blefe.

Se fosse verdade, veja como eu passaria a meia noite de 2015 para 2016.