segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Os diferentes

                                         
O que faz uma pessoa remexer as lamas da sua vida e denunciar um fato acontecido há mais de trinta anos ?
Que rancor e necessidade de vingança tem estes estadunidenses indo a jornais para desancar o que devia estar sepultado ? Não conseguem enterrar os mortos... Deve ser por isso que por lá uma pessoa morre e fica até um ano para ser enterrado.  No Brasil morreu, enterra logo. É gostar muito de cadáver insepulto.
Quarenta anos depois? Só pode ser coisa de maluco !

Uma pessoa passar a vida olhando para trás, remoendo ódio e mágoa? Olha o câncer aí, gente...

Devemos focar no futuro, o que passou passou. Se não denunciou na época é horroroso o fazer tardiamente, décadas depois.

Gente infeliz!

Clint Hill, guarda-costas de Jacqueline Kennedy, disse em uma entrevista que nunca viu Marilyn Monroe com John Kennedy e que estava na Casa Branca o tempo todo. Fofocas e nada mais.
Vão gostar de fofoca sexual , esses povo dos USA. Caramba!

Quer ler? KLIKA


quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Preenchendo lacunas

- Família de Delmira Medeiros e  Clodomir Comaru , interior do Brasil, anos 50
                                        
Só profissional da escrita consegue escrever sobre o que se passa na política nacional, é muita bandalha. 

Eu sinto falta de alguém que tenha uma ideia própria sobre os acontecimentos, conheça história do Brasil sem focar em ideologias distorcidas e adaptadas ao nosso cotidiano. Porque procurar soluções para uma sociedade peculiar como a nossa, copiando o que se passa em lugares engessados nas regras definidas é desconhecer que o Brasil engatinha em sua formação como estado.
E, isso se dá porque a república foi feita de interrupções, do autoritarismo, do imediatismo e da turma que se acha superior ao povo, até mesmo em uma democracia onde os representantes são eleitos a poder de dinheiro e não de prestígio ou saber.

O povo brasileiro não aceita radicalismos, arrogâncias dos sabichões porque é inculto, tem origem nas massas simplórias que aqui chegaram.  Uma nata não pode prevalecer porque acaba se dando de superior, abocanha a riqueza nacional e junta-se em guetos com olhares torcidos para os demais. 

Uma pessoa que possui um cérebro melhor e consegue destacar-se, deveria ter compromisso na condução do desenvolvimento de uma nação. Ao terminar o seu preparo, fazer valer sua inteligência e impor a seu redor sua força e capacidade. Não necessariamente ser político ou funcionário público graduado.
Mas muitos brasileiros são apátridas de origem e quando tem oportunidade em sua formação intelectual, estuda no Brasil, tira o que pode, bandei-se para outro lugar à altura de seus desejos. Não difere em nada dos colonizadores que vieram, não plantaram um pé de feijão, tiraram tudo, no seu sonho de voltar rico para o lugar de origem.

Portanto, os acontecimentos políticos não são de ocasião mas a peneira da história, o preenchimento de lacunas importantes. Certamente haverão avanços na formação do estado, expurgo dos apátridas, os #transbrasileiros. E, tanto  mais lenta quando o povo é  inculto e com dificuldade de interpretar um texto, ainda mais da vida.

Calma, que o Brasil é nosso !

Nota: Eu coloquei a foto acima, da família de uma conhecida  do Facebook, pedi autorização quando ela publicou, porque é como muitas outras, em  fotos de época, inclusive lá de casa.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

O desertor

                               


Quando um soldado abandona a luta em plena guerra ele é considerado desertor, um covarde. Se for em campo raso ele é condenado a morte.
Em um país como o Brasil, que se orgulha de não ter guerra para estar presente, fico pensando,  cá com os meus botões, o que aconteceria com brasileiros da estirpe de um cara como o senador Ricardo Ferraço. 
Os senadores da república, representantes do ES, são Rose de Freitas, mineira típica, Magno Malta, baiano legítimo e assim tem sua atuação e Ricardo Ferraço, de Cachoeiro do Itapemirim e capixaba típico à medula.

O capixaba não envolve-se em nada, tudo deixa prá lá. Não viu, não vê e tem raiva de quem viu. Tudo na maciota. Já foi o tempo em que reagia e mandava algum pistoleiro matar um desafeto. Hoje, nem isso. Se puxar conversa atoa e sem resultado de retorno, esquece porque faz cara de nojo e vira as costas. Não é figura de retórica, vira as costas e deixa o interlocutor falando sozinho. Não se interessam por nada, nada.

Pois bem, o senhor ilustríssimo senador da república pelo ES, Ricardo Ferraço, noticia aos quatro cantos que a partir de primeiro de novembro de 2017, vai tirar  licença não remunerada do Senado. Por cento e vinte ( 120 ) dias. O motivo é que o Senado é terra arrasada, terreno minado e ele não vai fazer parte dos acontecimentos. Abandona a batalha em campo raso.
O presidente do PSDB, seu partido, Tasso Jereissati, suplicou para que ele não se afastasse porque sua presença é fundamental nos debates e votações de vários temas importantes para o partido, para o Senado e para o país mas ele riu e deu de ombros. Fez o que fazem, virou as costas e deixou Tasso, falando sozinho.

O interesse escondido é que ele vai candidatar-se a reeleição em 2018 e não quer envolver-se com a batalha travada na política nacional. Disse que não vai ficar em casa sem fazer nada mas fará visitas a escolas, hospitais e amigos empresários. Se precisar tira mais tempo de licença mas não quer seu nome envolvido com nada do que se passa no lamaçal da casa para qual foi eleito.

É um desertor, é um covarde e merece todo o repúdio como tal. Age como típico representante de um povo que não envolve-se em nada, não quer saber e não empresta seu nome para nenhuma luta para o desenvolvimento do país. Um inútil e não sei quem vota nessa pessoa sem brilho, sem postura, sem presença, sem coragem.

C O V A R D E ! 
D E S E R T O R !

Que seus eleitores o matem nas eleições, não o elegendo novamente.
Não acredita? Então KLIKA

Equilíbrio


La Fúria
 Chefe Boran


                                        
O IBAMA tem feito um trabalho  interessante no município de Guarapari/ES, em áreas preservadas, resquícios da Mata Atlântica e entre elas, a Reserva Paulo Vinha.

Paulo Vinha morreu assassinado por uma pessoa que estava extraindo areia da região onde  está o parque. Ao fazer protestos e denunciar a prática proibida, com a ação da justiça sobre o infrator, processos, inclusive criminal, o biólogo foi morto no local. Em sua homenagem, denominaram o parque com o seu nome e sua bela área de restinga e matinha nativa com suas diversas espécies animais.

Suponho que, por haver o aumento substancial das unidades  das espécies, o pessoal do IBAMA distribuiu algumas pela região. Apareceram, nas redondezas da minha casa, animais silvestres que não haviam na região urbana de Guarapari, inclusive os saguis, mico estrela que é natural da Bahia.

Há uns cinco anos, talvez quatro, a região estava infestada de pardais.O telhado da minha casa estava um inferno. Eu telefonei para o IBAMA para pedir orientação de como eu poderia espantá-los. Eles disseram que iriam agir. Pouco depois apareceram Chefe Boran e La Fúria. Chegaram devagar e eu custei a me adaptar mas hoje são constantes no meu quintal, formando um bando interessante. 
Depois, telefonei outra vez para o IBAMA para orientação de como obter  licença para castrar Chefe porque estavam reproduzindo quatro por ano. Mandaram um técnico que conversou, tirou foto e disse que iriam tomar providências. Dias depois sumiram os dois mais velhos, Amora e Fofo. 
Como pegaram dois irmão gêmeos, supus que Chefe Boran e La Fúria fossem irmãos e soltos aqui para controle da população. Mas hoje penso que são de famílias diferentes, pois são fisicamente diferentes e também no comportamento. Não são irmãos. Isso notei porque La Fúria está mais mansa e confiante e consegui observá-la melhor e, até, tirar foto dela.

É preciso anotar que os pardais acabaram e eu vejo um ou outro mas no telhado sumiram.

Continuo observando os saguis e para quem interessar na vida silvestre, vai acompanhando por aqui. 

Nas fotos acima, percebemos a diferença entre os dois.


Reserva Paulo Vinha ? KLIKA



Amora
                                                 



                                                       

                                                             

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

O profundo da alma

                                           
  
Minha irmã era psicóloga e relatou, de certa feita,  um caso de uma cliente. Seguinte:
Uma mulher tinha complexo de fedorenta porque lutava com um cheiro peculiar e, por ser coisa grave, frequentava psicólogo.
Uma noite, passou por um grupo de rapazes que conversavam no passeio, perto da sua casa.  Os rapazes soltaram galanteios e ela passou direto. Foi quando um deles gritou:
- Fedorenta !

A mulher foi em casa, pegou um revólver , voltou e atirou no cara, matando-o. Resultado do julgamento? Foi absolvida pelo juri popular.

É preciso ter muito cuidado com o que falamos para as pessoas. As palavras são armas poderosas. A língua portuguesa é complexa e uma palavra tem mais de um significado. Aliás, como em todos os idiomas.
Uma vez eu disse a uma estagiária da repartição em que eu trabalhava como advogada, quando ela me faltou com o respeito como profissional, vinte anos no máximo, loira, esguia, alta, patricinha,  moça arrogante que não trabalhava nada, não cumpria horário, faltava muito, indicada por um político de prestígio, atrevida e desrespeitosa, que ela era vagabunda e portanto não iria replicar o que ela dizia. Eu usei a palavra no sentido de quem é preguiçoso, não trabalhava, não tinha compromisso mas ela entendeu como vagabunda no sentido de safada. Virou um bicho, reclamou com o pai que foi no local, entrou porta adentro, de dedo em riste para me desacatar. Não foi pedir satisfações ou exigir explicações, o que aceito,   mas ofender quem, supostamente , ofendera sua filha. Eu ouvi calada, procurei sequer pestanejar. Arrependo-me desse fato, errei por impulso, não me controlei ante uma pessoa mais jovem, criada para ser irresponsável.  Aboli a palavra do meu dicionário e serviu-me como lição porque é preciso controlar as palavras e ignorar gente ruim. Depois disso nunca mais caí em uma arapuca semelhante. É que, na ocasião, precisando de ajuda nos trabalhos a moça não aparecia e ainda entrava e saía com muita arrogância, batendo a porta, falando e rindo alto, atrapalhando minha concentração, jamais agindo ou trabalhando.

Eu entrevejo no caso desse assassino de Goiânia, os pais, policiais, dizendo que bandido bom é bandido morto, deixando o filho pegar na arma. Do outro lado, os pais vaidosos com o filho brilhante, bonito a ponto deles o chamarem de galã, sem nenhuma malícia alimentaram a vaidade no filho. No entrevero dos demônios que moram em todos nós, nasceu a tragédia.
Pais não controlam os filhos e nem sabem o que fazem longe deles. Se assim fosse, talvez muita coisa não aconteceria.
Uma coisa é certa, o autor da tragédia precisa pagar segundo a lei como qualquer adolescente infrator. Talvez os pais envolvidos no drama meditem mais um pouco sobre usar o julgamento penal para menores, autores de crimes hediondos como  adultos e não generalizar porque nenhum de nós está livre por falar demais.

Medir as consequências é muito difícil, tão difícil que existem livros e livros de estudiosos sobre o resultado disso e daquilo sobre a mente humana. E, ninguém acerta porque essa é a diferença entre nós e os animais.

Não sabe do que se trata? Então, klika

terça-feira, 17 de outubro de 2017

De onde veem ?


                                 - Nome da música? American Idiot       

Quando acontecem festivais no Brasil de pop rock ou assemelhados, comparecem multidões em estádios ou áreas abertas, cantando em plenos pulmões as músicas das bandas ou cantores.

Eu vejo toda essa animação, sair de casa para ver o cantor de longe, ficar na fila, revezando lugar, durante semanas por gente que nunca ouvi falar. Onde essa gente aparece que fica tão conhecida?

Até que descobri. Aparecem no Canal Biz, que sempre passo batido porque só aparece cantor estrangeiro, parecendo tudo igual na aparência e na música.

Dessa vez achei interessante um cantor com boa voz. Gostei da batida, das guitarras. Por ter legendas, pude ver que as letras são bem negativas, deprimidas, sei lá, nenhuma malícia ou verve alegre. Entretanto o povo cantava junto, coisa de maluco. Parece que o show era na Inglaterra e o cara é estadunidense. Fui pesquisar quem era ele,  estará no Brasil esta semana. 

O grupo é um trio e já existe há décadas !!!! Que coisa!! O nome é Green Day. 

Bendita juventude com animação para aguentar a maratona ...


segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Fogo que destrói

- Incêndio em Portugal, esta semana
                   

Incêndio não é novidade no planeta. Em Belo Horizonte eu pensava em quem colocava fogo na Serra do Curral. Era o que podíamos pensar quando víamos focos , de longe.  Nunca tive resposta. Era sempre em setembro. Continua sendo.

Minha irmã, Juliana, mora em Ouro Branco / MG onde tem uma montanha maravilhosa, fazendo vista para sua casa. Este ano pegou fogo em seu cume. Ela me disse que é comum, também em setembro. 

As notícias de incêndios queimando tudo, em labaredas e ventos, dizimando imóveis, terra, florestas, cidades acontece sempre na Califórnia/USA. Por mais que o povo lute contra essa manifestação da natureza mais parece que não dá em nada. Há décadas a família de Roy Orbison, autor e cantor de Uma linda mulher,  morreu em sua casa incendiada. E, ele havia feito uma piscina dentro dela na tentativa de salvar vidas se o fogo acontecesse.

Temos notícias de incêndios em Portugal e esse ano, por estes dias, foi terrível. Destruiu prédios inteiros, caros, caminhões, fazendas com suas criações de aves ou outros animais. Levou tudo.
Mais uma vez pessoas foram surpreendidas em seus carros, nas estradas e morreram queimadas. Um horror sem tamanho.
Eu sintonizei no canal português e o povo está qual barata tonta. Inclusive o governo pois nada que se faça impede o fogo em chamas de trinta, quarenta metros de altura. O pessoal com balde de água, tentando apagar aquilo tudo, pessoas morrendo sem dar tempo de sair de suas casas.

Quero manifestar minha tristeza com tamanha calamidade. Ainda mais que vivo entre árvores e sei que folha seca pega fogo em um piscar de olhos. 
Espero que encontrem uma saída para resolver esse problema, aparentemente sem solução. Quem sabe trocar idéias com a Califórnia que também tem esse problema há décadas. 

Boa sorte, Portugal.

Mais? KLIKA

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Só por cima do meu cadáver

- Não sou eu mas merecia
                                        
         
Assédio sexual existe desde que me entendo por gente. Acho que  se for remover areias do fundo da memória, vou encontrar vestígios nada confessáveis. Nem sei se vale a pena. A não ser se for para demolir um tipo que aproveitou do seu poder para direcionar vocações e vidas como do produtor de Hollywood, Harvey Weinstein.

Quantas mulheres perderam seus empregos, chances  profissionais porque algum poderoso impediu ? Quantas tiveram atraso na vida por pressão e desrespeito? Muitos homens, também, sofreram desaforos e as marcas são tão qual nas mulheres. A vida não é fácil pra ninguém.

Não pensem que isso acontece somente no meio artístico. Quando os concursos públicos eram produzidos pelas próprias repartições, também havia o impedimento do acesso para as mulheres.
No concurso para juiz e promotor de justiça haviam provas orais onde a mulher era tratada de forma a perder o concurso ali mesmo. A pessoa entrava na sala sozinha com dois ou três examinadores e a arapuca estava formada. Dou como exemplo uma pergunta: - Você é virgem?

Eu fiz dois vestibulares para Direito na UFMG. Naquele tempo poucas mulheres faziam vestibular. Perdi o primeiro na prova oral de filosofia, feitas  somente para os que foram aprovados na escrita.
A sala estava abarrotada de vestibulandos. Eu era a única mulher. Quando fui chamada e levantei para fazer a prova a sala veio abaixo com gritos e apupos. O professor ainda fez uma piadinha e a sala estremeceu. Perdi o rumo e não consegui abrir a boca, entre tanto barulho e palavras de ordem, embora eu soubesse a matéria. Lembro-me que a pergunta era sobre o filósofo Cícero e sua influência no direito e na política. Eu sabia a resposta mas não consegui falar. Lembro-me que passei a mão na nuca e suava muito. Eu estava com um vestido cor de rosa que mamãe havia feito, de algodão grosso e tinha uma gola, acompanhando o decote redondo um pouco longe do pescoço. O professor ria, debochando mas não lembro do que falava, fazendo bulying, trocadilhos,  com o  meu nome.
Até hoje sinto raiva desse dia, meu coração aperta, por não ter conseguido vencer tamanho desafio que me atrasou um ano de vida. E, pelo vexame, que jurei nunca mais iria acontecer. Custasse o que custasse, ninguém jamais me faltaria com o respeito sem uma resposta a altura. Eu não tive nenhum apoio em casa para fazer o vestibular, era professora primária, alfabetizava crianças, vivia fora da violência do mundo, quase numa redoma. 
No entanto, aquilo deve ter repercutido, ou houveram outros casos, porque haviam dois outros professores na banca de exames e no outro ano, quando voltei a prestar vestibular, o exame foi a portas fechadas, só com o vestibulando e a banca examinadora.

Acho interessante quando vejo gente querendo faltar com o respeito, achando que vou recuar.  Nunca recuo, sou dura como aço  e esse dia marcou a minha vida para sempre.

Só para situar-se: KLIKA

Foguetes em 12 de outubro

- A gente é feliz e sabe
                                 

A primeira data de 12 de outubro, Dia de Nossa Senhora Aparecida, em que passei em Vitória, foi uma surpresa para mim. Casei-me em maio e fui morar no centro de Vitória, atrás do Parque Moscoso, na cobertura do vigésimo andar.  O apartamento tem uma varanda grande, voltada para o parque e para o canal. 
Era tudo muito novo para mim. Os urubus voavam pertinho e uma vez um raio caiu no para raio quando eu estava com Maurício, em uma cadeira, enquanto ele brincava. Chequei a ver as faíscas, pareciam que vinham em nossa direção e eu saí bem rápido, de acordo com o meu reflexo.

Mas o que foi interessante e levei dois anos para descobrir a razão, é o foguetório do dia doze de outubro. Inicialmente eu pensei que seria por comemorar o Dia da Criança.  Meu marido não era de Vitória e sendo presbiteriano, também pensava como eu. Por ser feriado, no dia seguinte não me lembrava do foguetório e ficava por isso mesmo e não perguntava aos naturais sobre.  Até que recebi a visita de uma amiga que eu havia feito em Vitória, ela veio para almoçar conosco e, na hora dos fogos de artifício, fomos olhar da sacada porque ela nunca tinha visto por esse ângulo. Então fiquei sabendo que é homenagem a Nossa Senhora Aparecida.

Não sei se existe essa homenagem em outros lugares do Brasil, desconheço, mas em Vitória/ES é muito forte. Quando dá meio-dia, durante uns dez minutos o pessoal solta foguetes, muito semelhante ao dia da virada do ano mas sem ser o oficial com o exagero conhecido.


quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Quem é esse cara ?

Minha casa
                           

Eu preciso deixar registrado aqui que o cara, inquilino do prédio Rubiácea, de nome Wanderci, que me ameaçou a ponto de eu ter que chamar a polícia é bandido, fugido da Bahia. Tenho certeza.
Se não é bandido procurado ele é criminoso processado. Traficante, viciado em drogas, não sei. Mas está fugido, escondendo de alguma coisa.
Desde cedo está gritando, esmurrando as portas, tendo um surto, com gritos intermitentes. A mulher parece que tenta contê-lo e grita também.

Se ele não se mudar, quando vencer o contrato dele em dezembro ou novembro, irei ao delegado para relatar as ameaças, as circunstâncias  e pedir que investigue quem é esse cara. Não posso dar bobeira para o azar. Se o delegado não levar a sério, pedirei a algum delegado conhecido que o faça. Tenho certeza que em dois tempos isso fica esclarecido. Estou pensando em anotar a placa da moto dele e ir ao DETRAN tirar um Nada Consta para saber o nome completo da arara.

Nisso é que dá, um ricaço do café de Colatina, constrói um prédio para alugar, entrega para um administrador  e, este, aluga  para qualquer um, sem selecionar. Quem sofre as consequências é o morador local porque essa gente vai e vem sem compromisso com o lugar. Não é raro ficar um tempo e sumir,com mala e cuia, em uma cidade praiana cheia de aventureiros.

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

A Farra dos Guardanapos

                  
                                                   - É só bebida alcóolica?

Todos estamos com dificuldade para enfrentar o nível de absurdos que pipocam todos os dias em nome da corrupção e do apoderar-se do dinheiro público.

O bom é ser jovem porque não entende a metade do que acontece. A preocupação em encontrar uma forma de viver e aproveitar a vida, a energia que sobra, ocupa o tempo que não tem para prestar atenção nesse malta que tomou de assalto o país.

Uma dos maiores absurdos foi o jantar em Paris em comemoração da indicação do Rio de Janeiro para as Olimpíadas, a chamada Farra  dos Guardanapos.
Como pode um grupo de homens públicos, representando um país sul americano, já tão achincalhado por exótico, comportar-se como moleques em boteco sujo? Se eu fosse jornalista procuraria os donos ou os trabalhadores do restaurante para verificar como interpretaram aquela mesa cheia de bêbados latinos, colocando os guardanapos de linho na cabeça. Em um lugar onde falar alto, colocar os cotovelos na mesa, dar risadas já é um absurdo...

No anos cinquenta, sessenta só ia a Europa quem fosse rico. Eu dava aulas em um colégio de gente rica, grandes industriais, banqueiros, profissionais liberais renomados, jornalista de ponta. senadores, deputados.  Por exemplo, fui professora dos netos de Magalhães Pinto e cuja família era dona do Banco Nacional. No dia das professoras eu ganhava sapatos De la Crocce, Caixas de biscoitos Aymoré, o primeiro perfume francês que eu usei foi ganho de uma aluna cuja mãe tinha ido a França. Se me convidavam para ir a festa de aniversário de meus alunos eu ia de ônibus ou papai me levava e os pais mandavam os motoristas me levarem para casa. As casas magníficas que nunca mais pude entrar em alguma.

Pois bem, o que se falava a boca pequena era que os brasileiros que viajavam para a Europa ficavam bêbados nas ruas, davam vexame nos hotéis e roubavam talheres nos restaurantes. Assim , quando eu vi essa foto e as notícias da Farra dos Guardanapos percebi que nada mudou de lá pra cá. O rico continua dando vexame hoje como dava no século passado.
E essa mesma gente tem certeza que somos subdesenvolvidos e de terceiro mundo apenas pela miséria do brasileiro.

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Contemplando a natureza

- Bem-te-vi, tomando Sol da manhã.
                    
                           
Minha casa fica em lugar aprazível. Tem muitas árvores, algumas eu plantei e em dois anos uma semente é capaz de tornar-se árvore. 
Tem uma sibipiruna na frente da minha casa, plantada em 1983, o tronco é belíssimo mas a copa é podada baixo, como controle de possível queda porque pode cair em cima da minha casa. É uma árvore complicada, os galhos costumam cair em época de ventania. Esses galhos parecem simples mas são muito pesados e, como minha rua  tem pouco movimento, o perigo é pouco. Eu faço o controle dos galhos, da altura, monitoro bastante e tudo tem ido bem.
Por conta de tanta árvore, o IBAMA  soltou um casal de saguis. Já é um bando com o Chefe Boran e a Fúria, uma fêmea tão brava que colocamos esse nome nela. E uma dezenas de tipos de passarinhos que vivem no meu quintal, comendo amora, pitanga e a banana que os saguis deixam para trás.
Mas o passarinho mais corajoso e criativo é sem dúvidas o bem-te-vi. Especialmente os que tomam banho de sol na reentrância do muro como esse da foto.

Que ninguém tenha inveja da minha vida e da forma simples a que optei por viver ...

                                           


                                 
                                 Fura fila para ganhar banana

                                          

Lakessia

                   

Eu quero passar para vocês uma experiência que eu tive. As críticas são sempre importantes, especialmente como referência quando estamos perdidos em meio a tantas ofertas e notícias. E, quando precisamos elogiar não se pode omitir.

Eu tive um fungo na unha do meu pé e custei a captar que era bicho porque achei que era coisa da velhice. Achei que, com o tempo, a gente vai perdendo a beleza, encarquilha e fica tudo feio. Mas como não estava bonito para andar de sandálias, resolvi ir ao médico. Posso contar nos dedos as vezes em que fui ao médico e isso é perigoso. Na  minha família é o normal. E, quando resolve ver o que lhe acontece, já está no rumo do cemitério.

A médica olhou com cara blasèe e mandou fazer exame em laboratório. Depois prescreveu um remédio em pílulas e passou uma fórmula para ser feita em uma farmácia de manipulação. A fórmula eu usei, religiosamente, durante alguns anos, acho que três anos, todos os dias. Foi o que ela disse para fazer, ir mandando fazer o remédio e pingando na unha.

Foi, então, que eu vi na TV Record o anúncio do produto Lakessia, justamente sobre esse problema. Percebi que devia ser muito comum porque um produto quando anunciado é porque houve pesquisa de mercado e sabem que será muito vendido.

Na minha cidade não foi possível encontrar. Eu sempre procuro no comércio local, não só para prestigiar mas para não precisar pagar o transporte do produto. Comprei pela internet e usei, muito desconfiada, em decorrência do que a médica prescreveu e não deu certo. Segui as instruções e depois de vinte dias comecei a notar que fazia efeito e melhorava. Antes de acabar o frasco, minha unha está ótima. Desconfiada de um sucesso tão grande, procurei pelas farmácias se já havia chegado o produto para comprar mais um frasco e fechar a questão. E encontrei mais barato que na internet.

Acho importante a troca de informações para o bem ou para o mal. 
Não se pode admitir apenas notícias que não nos afetam diretamente e deixar passar a oportunidade de levar informações para quem faz pesquisas, justamente para obter essas informações.

Um problema que eu tive durante anos, usando produto prescrito por médico, no óbvio que sequer precisava de exame de laboratório, e, em vinte dias está resolvido com um produto mais barato e por propaganda na televisão. Se for fazer as contas em despesa com médico, laboratórios e adrenalina desperdiçada por ter sido feito de idiota, trinta e dois reais do preço da farmácia é nada.

Parabéns ao Genomma Laboratórios do Brasil Ltda. e seu farmacêutico responsável Mauro Rezende Morais, CRF/SP 41315.

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Em mim não ficou tão grave mas leia essa matéria KLIKA





segunda-feira, 2 de outubro de 2017

O perverso não poupa ninguém

                            
   
Na internet, sejam nas chamadas redes sociais ou nos portais , grandes ou pequenos, as pessoas parecem que não podem ser contrariadas. Onde ficou a liberdade de expressão? Onde está a riqueza do pensamento diversificado, sem ofensas ou grosserias? 
Deram até um nome, incorporado do inglês, haters , para essa gente que ofende uns e outros, sem piedade. 

Em uma reportagem sobre a Xuxa, que hoje tem 54 anos e um programa de variedades na Tv Record, todo o texto, nas suas entrelinhas,  é para ofender a mulher que envelhece como qualquer  um de nós. A começar pela voz, antes artificial e infantil, atualizada para sua idade.

Eu a conheço por seus programas dirigidos para as crianças, a ponto de ser chamada de Babá Eletrônica, nos anos oitenta porque Maurício , meu filho mais velho, sempre foi fã dela, tendo todos os discos daquela época, comprados ou presenteados nos seus aniversários.

Na verdade, toda a sua carreira foi trilhada sobre ofensas e grosserias de terceiros, emparelhada com paixões com direito a assédios e correria pelas ruas, quando fazia seus shows pelo mundo.

A primeira vez que eu li sobre ela estar velha foi em uma matéria sobre um show que ela fez no Chile e ela tinha pouco mais de quarenta. Por incrível que pareça, foi até vaiada porque não estampava a mocinha como era o esperado.

Se para pessoas comuns, anônimas já é difícil perder o brilho da juventude, imagino como deve estar Xuxa com as ofensas medonhas que lhe fazem, sem dó nem piedade. Muitos que a ofendem sequer atingirão a sua idade. Não posso crer que tenham coragem de fazer textos, comentários, desmerecendo quem envelhece com saúde, de forma criativa, corajosa e trabalhando para exercer uma profissão tão difícil. 
Para mim ela é indiferente como profissional porque não vejo programas do tipo que ela faz. Entretanto, eu que envelheço mais do que aceito para mim mesma, preciso ser solidária com ela no desejo de não se deixar abater com a perversidade estampada na mídia.
Para não falar dos ataques virulentos, por ela pensar diferente de trogloditas reconhecidos.
A maldade dos medíocres não tem fim e nem época. A maldade existe desde que o mundo é mundo. Que todos nós que envelhecemos sejamos fortes para aguentar a discriminação e a violência.

Não é fácil ?  KLIKA

Os biltres corretos

- Em um tempo em que a  patrulha não fazia diferença.
                        

Está impossível viver com a onda do politicamente correto. Não o correto para avançar na forma de viver e apurar a humanidade mas nos detalhes personalíssimos que varrem tudo e todos, engessando as pessoas no discurso dos que querem mandar no mundo. A sensação é dos oprimidos indo a forra. Abrir a boca para dar opinião em público é correr o risco de ser linchado pela patrulha do bom moço, o certinho do início do Século XXI.
Lá se vai o tempo do pós guerra onde as barreiras foram quebradas, o tempo da Guerra Fria onde as sutilezas valiam mais do que os debochados e fanfarrões, tentando colocar grilhões e ferros nas mentes e no livre pensar.

Tenho pavor de patrulha, seja de que vertente seja. Podam as inteligências e nivelam tudo no gosto da sua régua. Torna tudo medíocre e feio. Gente que não admite diálogo, não sabe conversar. Talvez seja fruto dessa geração criada na frente da televisão, vendo filmes onde os animais falam e as pessoas resolvem os atritos no soco e no espirrar de sangue quando contrariados.

Porém, se o falastrão  é chic, faz parte da panela, dos queridinhos das cotas e praxes sociais, demonstra sapiência decorada, o sujeito é endeusado, vira destaque para atender os donos do discurso. Os outros, precisam pedir desculpas porque não obedeceram o   som do berrante e recusam-se a ir para o matadouro sem nenhuma reação.

Será que vai dar tempo para eu ver a mediocridade ser enterrada e florir, novamente, o multifacetado?


                   Para quem não sabe o que é reunir o gado com o berrante



Os transbrasileiros

- A liberdade é onde eu vou
                                               

O país hegemônico, que dita o estilo de vida ocidental, os USA,  precisa perceber a importância de suas influências no comportamento da população da Terra.
Construído no pilar da liberdade rumo a felicidade, quis mudar o ser humano. Fazer este exercer a liberdade, com todo direito a ser feliz, esquecendo que uma pessoa individualiza o senso comum e agride o todo quando sente-se frustrado.

Não precisa ser nenhum gênio para perceber essa mensagem, exibida nos meios de comunicação, filmes, livros, debates onde o custe o que custar em busca do ser feliz beira o extremo.

Qualquer pessoa sente-se sozinho em alguma fase de sua vida, não tem o que muita gente tem e nem é como  outras pessoas são. Mas a mensagem dos EUA é que a pessoa que não tem ou não é o padrão do vencedor é um infeliz, um frustrado, mal amado, vencido na vida.
A mensagem é tão forte que um número imenso de pessoas sonha em morar nos EUA. Por si só já é característica do vencedor. Então, essa gente nega sua cidadania, tem vergonha de seus costumes, cultura, aparência, latinidade de preferência. Algumas mulheres vão, apenas, parir nos States a fim de que seus filhos nasçam  cidadãos estadunidenses. Fazem esse nascimento público, alardeiam, pagam muita grana para realizar a façanha.

A última é artista mudar-se pros States, divulgar na mídia e viajar, ofendendo os brasileiros que sequer pretendem um dia fazer o mesmo. Síndrome de Carlota Joaquina de Bourbon. São os transbrasileiros: Nasceram brasileiros mas querem ser estadunidenses. A cabeça não reconhece a cidadania brasileira e precisam buscar a transformação e uma delas é vilipendiar o Brasil e o brasileiro, cuspir na nação, ofender a brasilidade. Tirar a poeira das sandálias.

Não são imigrantes. Estes mudam-se porque querem  fazer a vida  em outras terras, tentar construir seu futuro em outras plagas onde fixarão suas raízes e farão parte da construção da sua história.
São  os  transbrasileiros.  Os frustrados, exibicionistas atrás de algo a que dão  o nome de liberdade e do estilo de vida da águia do norte.
Uns cheiram cocaína, fumam pedras de crak, bebem até ficar com a cara inchada quando a cabeça não aceita a vida que a cabeça quer mas o corpo não segue. Outros fazem como aquela história, mudam o sofá de lugar.

Quanto à verdade, o uso da liberdade rumo a felicidade, as consequências podem  não ser das melhores. É igual aqui ou lá. O frustrado reage, matando quem é feliz. Inclusive politicamente falando.

A  liberdade e falta de felicidade tem nome e arma: KLIKA
Mudou seu sofá de lugar ? KLIKA